sexta-feira, abril 27, 2012

O CÂNHAMO E O ISLÃ

O CÂNHAMO E O ISLÃ






"Um uso ritual disseminado do cânhamo aparece em seguida no Oriente Médio após a ascensão do islã, que probia o uso de álcool mas não fazia qualquer mensão ao cânhamo e seus derivados. Na ausênsia de proibições culturais de seu uso, o consumo de haxixe tornou-se corriqueiro. Seus poderes espirituais eram apreciados particularmente pelos sufis. Segundo uma história aprócrifa, um líder religioso chamado Haider, que vivia nas montanhas de Rama por volta de 500 d.C., descobriu por acaso os poderes euforizantes da planta e os partilhou com seus seguidores. Um monge seu, Sheraz, dizia aos discípulos que Deus lhes concedera o 'favor especial' de uma planta que 'irá dissipar as sombras que anuviam as almas e iluminar-lhes os espíritos'. Como é comum nas classes sacerdotais, Haider pedia a seus discípulos que escondessem as propriedades divinas da planta da gente comum. Se sorrisos beatíficos ou línguas soltas trairam o segredo, isso não foi registrado. Seja como for, logo os poetas sufis estavam exaltando as virtudes da 'taça de Haider', que dizem, tem "a frangrância do âmbar e centila como uma esmeralda verde". (texto "O grande livro da Cannabis", de Rown Robinson, Zahar Editor)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui seus pensamentos...