sexta-feira, abril 27, 2012

A Comparação de Jefferson – Tabaco X Cânhamo!


A Comparação de Jefferson – Tabaco X Cânhamo!

Thomas Jefferson escreveu e agiu muitas vezes em prol do cânha­mo, tendo contrabandeado semen­tes raras para a América, redese­nhado o travão de cânhamo e re­digido os seus jornais agrícolas, nos quais escreveu o seguinte em 16 de Março de 1791:

"A cultura [do tabaco] é perniciosa. Esta planta exaure grande­mente o solo. E como requer muito estrume, as outras produções são privadas dele; não gerando nutri­ção para o gado, o estrume gasto não tem retorno (...)


"O tabaco é impolítico. O fato bem assente no sistema agrícola é que o melhor cânhamo e o melhor tabaco crescem no mesmo tipo de solo. O primeiro artigo é de pri­meira necessidade para o comércio e a marinha, por outras palavras para a riqueza e proteção da na­ção. O último, jamais útil e por vezes pernicioso, deriva a sua apre­ciação do capricho, e o seu valor dos impostos aos quais foi ante­riormente sujeito. A preferência a outorgar derivará de uma com­paração mútua: No seu estado mais grosseiro, o cânhamo ocupa mais mão-de-obra do que o tabaco; sendo um material usado para manufaturas de diversos tipos, ele torna-se subsequentemente o meio de sustento para muitas pessoas; donde que deve ser preferido num país populoso.

"A América importa cânhamo e continuará a fazê-lo, e também artigos diversos feitos de cânhamo, tais como cordame, velas de nave­gação, linho perfurado e peúgas"

A Política do Papel
As massas populares, "os comuns", eram mantidas na linha através de um duplo sistema de medo e ignorância forçada. Todo o ensino exceto o mais rudimentar era controlado e estritamente regulamentado pelo clero.

Os comuns (cerca de 95% das pessoas) eram proibidos de aprender a ler ou escrever, sendo amiúde castigados ou condenados à morte por o fazerem.

A população era também proibida de aprender latim, a língua da Bíblia. Isto permitia que os poucos padres letrados interpretassem as escrituras como muito bem lhes aprouvesse, o que fizeram du­rante cerca de 1200 anos, até à Reforma na Europa, circa 1600.

Os mosteiros preservavam e guar­davam os segredos do cânhamo, pois o clero sabia que ele apresentava duas ameaças a esta política de controle abso­luto: o fabrico de papel e de óleo de ilu­minação. A população vivia literalmente no escuro, sem iluminação e não dispon­do sequer de um pedaço de papel para escrever.
Mas isto não chegava.

A proibição dos Remédios de Cannabis
Ao mesmo tempo que adotava o vinho como sacramento, e tolerava a cerveja e as bebidas fortemente alcoóli­cas, a Inquisição proibiu a ingestão de cannabis na Espanha no século XII, e na França no século XIII. Muitos outros remédios naturais foram simultanea­mente proibidos. Qualquer pessoa que usasse cânhamo para comunicar com espíritos, operar curas ou com qualquer outro fim era classificada de "feiticeiro". Santa Joana d'Arc, por exemplo, foi acusada em 1430-31 de usar uma série de drogas vegetais "de feiticeiro" incluindo cannabis, de modo a ouvir vozes.

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