sexta-feira, abril 27, 2012

Capítulo 11 – A Guerra do Cânhamo de 1812… e Napoleão Invade a Rússia – Parte 2!


Capítulo 11 – A Guerra do Cânhamo de 1812… e Napoleão Invade a Rússia – Parte 2!


A PARTIR DE 1803...
Entre alguns americanos, na sua maio­ria gente do Oeste, a compra da Luisiana suscita os sonhos do "Destino Manifes­to" — isto é, os Estados Unidos deviam estender-se até às fronteiras finais da América do Norte: desde o cimo do Canadá até ao fundo do México, e do Atlântico até ao Pacífico.
1803 1807
A Inglaterra continua a transacionar diretamente com a Rússia, comprando-lhe 90% do seu cânhamo.

1807
Napoleão e o czar Alexandre da Rússia assinam o Tratado de Til set, o qual interrompe todo o comércio legal da Rússia com a Grã Bretanha, os seus aliados, ou qualquer outra nação neutra agindo como agente da Grã Bretanha na Rússia.



O tratado estabelece também uma zona tampão, o Ducado de Varsóvia (aproxi­madamente o centro-leste da Polônia) entre os aliados de Napoleão e a Rússia.

A estratégia de Napoleão — e o objeti­vo mais importante que visa com o trata­do — é impedir que o cânhamo russo alcance Inglaterra, destruindo assim a marinha britânica ao forçá-la a canibalizar velas, cordas e cordame de outros navios; e Napoleão acredita que, privada de cânhamo russo para a sua enorme marinha, a Inglaterra será eventualmente forçada a abandonar o bloqueio que impõe à França e ao continente europeu.

1807 1809
Napoleão considera os Estados Unidos como um país neutro, desde que os seus navios não comerciem com a Grã Breta­nha ou em prol dela, e os Estados Unidos consideram-se neutros na guerra entre a França e a Grã Bretanha.

Em 1806, porém, o Congresso aprova o Pacto da Não-Importação: são proibidos artigos britânicos produzidos nos Esta­dos Unidos mas passíveis de serem pro­duzidos noutros lugares. Em 1807, o Congresso aprova também a Lei do Em­bargo, a saber: os navios americanos não eram autorizados a importar ou exportar produtos europeus.

Estas leis prejudicaram mais a América do que a Europa; seja como for, muitos comerciantes americanos ignoraram-nas por completo.

1807 1814
Após o tratado de Tilset ter inter­rompido o seu comércio com a Rússia, a Inglaterra declara que deixou de reco­nhecer países ou rotas marítimas neutros.

Logo, qualquer navio que transacio­nasse com o "Sistema Continental" de aliados de Napoleão era considerado ini­migo e sujeitava-se a bloqueio. Sob este pretexto, a Inglaterra confisca navios e carga americanos, repatriando os marinheiros para os Estados Unidos à custa dos proprietários dos navios.

A Inglaterra "convence" alguns mari­nheiros americanos a servir na Marinha Britânica. Porém, a Inglaterra afirma que só "convence" aqueles marinheiros que são súbditos britânicos — e cujas com­panhias de navegação americanas se recusaram a pagar as despesas de repatria­mento.

1807 1810
Secretamente, porém, quando a Ingla­terra "vistoria" — aborda e confisca — um navio americano e o traz para um porto inglês, ela oferece aos comerciantes capturados um "acordo" (na verdade uma proposta de chantagem).

O negócio: Ou o comerciante america­no perdia para sempre o seu navio e car­regamentos, ou ia à Rússia comprar se­cretamente cânhamo para a Inglaterra, que lhe pagaria em ouro, parte dele adiantadamente e o restante contra a entrega do cânhamo.

Ao mesmo tempo, os americanos eram autorizados a conservar as suas merca­dorias (rum, açúcar, especiarias, algodão, café, tabaco) e a transacioná-las com o czar em troca de cânhamo — um lucro duplo para os americanos.

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