sexta-feira, abril 27, 2012

Capítulo 11–A Guerra do Cânhamo de 1812… e Napoleão Invade a Rússia!


Capítulo 11–A Guerra do Cânhamo de 1812… e Napoleão Invade a Rússia!


Esta parte da história pode ter-nos causado alguma confusão quando nos ensinaram na escola. Uma dúvida pode ter permanecido: "Mas afinal por que raio é que eles estavam a combater?"
Apresentamos aqui os acontecimentos que conduziram à Batalha de Nova Orleans, a qual, devido à lentidão das comunicações, foi combatida em 8 de Janeiro de 1815, duas semanas após término oficial da guerra de 1812 com a assinatura de um tratado de paz na Bélgica em 24 de Dezembro de 1814.
SÉCULO XVIII E INÍCIO DO SÉCULO XIX
Tal corno tem vindo a acontecer há mi­lhares de anos, o cânhamo-de-cannabis é a principal atividade comercial e indus­trial do planeta. A sua fibra (ver capítulo 2 "Usos") encontra-se na base de virtual­mente toda a marinha mundial. A eco­nomia de todas as nações usa e depende de milhares de produtos diferentes pro­venientes da planta de marijuana.



A PARTIR DE 1740...
Graças ao trabalho barato de escravos ou servos, a Rússia produz 8o% do câ­nhamo-de-cannabis do mundo ociden­tal bem como produtos acabados de câ­nhamo, e é, de longe, o produtor do me­lhor cânhamo-de-cannabis para velas, cordas, cordame e redes.
A cannabis é o principal produto co­mercial da Rússia — à frente das suas peles, madeira e ferro.

1740 1807
A Grã Bretanha compra à Rússia mais de 90% do cânhamo de que carece para a sua marinha; a armada e o comércio mundial britânicos rolam sobre cânhamo russo; cada navio britânico deve substi­tuir aproximadamente 50 a 100 toneladas de cânhamo a cada ano ou dois.

Não existe substituto para ele; as velas de linho, por exemplo, ao contrário das de cânhamo, começavam a apodrecer o mais tardar ao fim de três meses, devido à ação do sal contido no ar e na espuma!

DE 1793 ATÉ AO SÉCULO XIX...
A nobreza britânica é hostil ao novo go­verno francês, primariamente porque os britânicos receiam que a revolução popular francesa de 1789-93 se espalhe, e/ou resulte numa invasão francesa de Inglaterra, com a consequente perda do Império e, claro, das cabeças da nobreza inglesa.

1803 1814
A marinha britânica bloqueia a França napoleônica, incluindo os aliados de Napoleão no continente. A Grã Bretanha efetiva o bloqueio da França fechando os portos franceses do Canal Inglês e do Atlântico (Baía da Biscaia) com a sua marinha; além disso, a Grã Bretanha domina as entradas e saídas do Mediter­râneo e Atlântico, devido ao controle que exerce sobre o estreito de Gibraltar.

1798 A 1812
Os jovens Estados Unidos, que são ofi­cialmente "neutros" na guerra entre França e Inglaterra, começam a resolver os seus problemas externos enviando a marinha e os fuzileiros até ao Mediterrâ­neo para impedir os piratas e raptores de Tripoli de cobrarem resgates de comer­ciantes ianques a operar na região (1801--1805). "Milhões para a Defesa — Nem um Centavo para Resgates", era a palavra de ordem na América, e o incidente veio a ser memorializado no segundo verso do hino do Corpo de Marines: "(...) até à costa de Tripoli".

1803
Carente de dinheiro para pressionar a guerra com a Grã Bretanha e cumprir o desígnio de dominar o continente euro­peu, Napoleão vende ao desbarato o Ter­ritório da Luisiana aos Estados Unidos (por 15 milhões de dólares, ou cerca de dois centavos e meio por hectare).
Esta área representa cerca de um terço daquilo que são agora os 48 estados ame­ricanos contíguos.

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