sexta-feira, abril 27, 2012

Cannabis – Uma Planta envolta em Segredo!


Cannabis – Uma Planta envolta em Segredo!


Para todas as etnias e culturas — desde o Japão, a China, a índia, o Egito, a Pérsia e a Babilônia, até às tribos gregas, dóricas, ger­mânicas e europeias, passando pelas africa­nas e das Américas do Norte, Central e Sul—, o alvorecer das crenças religiosas derivou de descobertas acidentais.

Deram-se experiên­cias de morte imi­nente, privações — fo­me, jejum, controle da respiração, sede, febre —, folia incontrolada devido à ingestão de de vinho e cerveja, e experiências inexplicáveis e elevadas (comparadas com a experiência normal abrutalhada) devidas a substâncias psicoativas como cogumelos psilocybeamontoa e vinho de cannabis (bhang). As substâncias químicas presentes nestas plantas e ervas sagradas proporcionaram aos nossos antepassados visões e viagens inesperadas, imprevisíveis e inacreditáveis aos cantos mais remotos da incrível consciência, suscitando por vezes sentimentos de fraternidade universal.


Eventualmente, a compreensão destas experiências, por vezes terapêuticas, indu­zidas por drogas e medicamentos tornar-se-ia o conhecimento espiritual mais su­blime, desejável e necessário para cada tri­bo. Curar! A partir de qual extração? Em qual dose?

Preservar este co­nhecimento tribal mís­tico para as gerações futuras era uma tarefa sem preço. Saber quais as plantas que indu­ziam quais experiên­cias, e em que dose e grau de mistura o fa­ziam, significava poder para os detentores de tal sabedoria!
 
Assim, este "armazém sagrado" de conheci­mento era ciosamente guardado pelo médico/sacerdote das plantas, e criticamente incluído em tradições e mitos orais e escritos. As plan­tas dotadas de poderes psicoativos eram im­buídas de atributos hu­manos ou animais; por exemplo, o anel do co­gumelo Amanitamus-caria era representado por fadas.

De modo a mante­rem o seu poder políti­co, os feiticeiros e cu­randeiros das castas de sacerdotes/xamãs sonegaram deliberada­mente estas tradições dos membros "leigos" da tribo (e de todas as outras tribos). Isto evitava também o perigoso "pecado" da ingestão, confecção ou experimentação acidental por parte das crianças da tribo; de igual modo, não era permissível que os membros tribais capturados transmitissem este conhecimento sagrado aos inimigos dos seus captores.

A partir do tempo de Júlio César, estas religiões "arcaicas" datando da pré-histó­ria, que usavam drogas ritualmente para se atingirem domínios extracorporais, foram designadas pelos romanos de "religiões de mistério orientais".

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